segunda-feira, 2 de maio de 2011
TABARANAS
Em breve, os pescadores terão uma nova opção de pesca no trecho preservado do Alto Tietê. Pesquisadores da Universidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, estão criando tabaranas (Salminus hilarii) para soltá-las no rio, abaixo da barragem de Ponte Nova, no município de Biritiba Mirim, a 30 km da nascente (que fica no município de Salesópolis). “O projeto de repovoamento é uma tentativa de diminuir o impacto causado pelas barragens e pela poluição, e recuperar a população deste peixe tão importante para a região", explica a bióloga Renata Guimarães Moreira.
Também conhecida como ‘dourado branco’, a tabarana é do mesmo gênero do dourado, porém de menor tamanho. Atinge 40 cm e, no máximo, um quilo. Tem coloração prata-esverdeada e a mandíbula forte e protuberante. Como o ‘primo’ famoso, é uma predadora voraz e, por isso, bastante apreciada na pesca esportiva: briguenta, é combativa na linha e, quando fisgada, dá saltos acrobáticos, tornando o embate emocionante. É um daqueles peixes que o pescador vê antes de recolher a linha — diferente da cachorra, por exemplo, que fica no fundo até ser puxada para fora d’água.
Vive nas bacias do Prata e do São Francisco. Com o nome de tubarana, ocorre também nas bacias Amazônica e Tocantins-Araguaia. Estudos recentes do biólogo Flávio César Tadeo de Lima, da Universidade de São Paulo (USP), sustentam a tese de que a tabarana verdadeira se restringe aos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. A chamada tubarana, encontrada na Amazônia e no Tocantins, seria uma outra espécie do gênero Salminus, ainda não nomeada.
“Certo é que a tabarana é hoje um peixe emblemático de rios pequenos”, afirma Flávio Lima. “Abundante no passado, ela ainda sobrevive em pequenas quantidades em rios menores, como os afluentes do Tietê e do Rio Grande, no Estado de São Paulo. Em certos casos, é o principal predador desses rios, onde outros peixes carnívoros maiores, como o jaú e o próprio dourado, já não aparecem com freqüência”.
A seu favor, a tabarana tem uma migração mais curta durante a piracema: por volta de 100 km, enquanto alguns dourados precisam percorrer até 1.400 km para desovar. Contra ela, a fecundidade menor: cada fêmea põe em média 80 mil óvulos, quase oito vezes menos que a fêmea do dourado. Para o biólogo, “isso tudo torna a preservação da tabarana ainda mais importante e necessária”.
O melhor da história é o fato de o projeto de repovoamento de Mogi das Cruzes começar com a ajuda da comunidade. “A gente pede para os pescadores daqui e até mesmo para os agricultores, que também pescam, capturarem peixes adultos, prontos para servir como reprodutores. Levamos as tabaranas primeiro para os tanques de criação e depois para o laboratório, na relação de dois machos para cada fêmea, onde são induzidos à desova e à fecundação”, explica Renata Moreira. A taxa de fertilização, de 30 mil ovos na primeira experiência, e o desenvolvimento dos alevinos, alimentados com ração e larvas de outros peixes, superaram a expectativa dos pesquisadores.
As tabaranas por eles criadas alcançam cerca de dez centímetros em quarenta dias, quando já podem ser soltos no Tietê.
TERRA DA GENTE.
sábado, 30 de abril de 2011
Troféu !!!!
Depois de um sofrimento danado pra carregar as traias, atravessar ilhas, centenas de arremessos, várias trocas de iscas, pegando apenas tucunas pequenos !.... veio as recompensa!!!
Eu já estava feliz em estar nesse local acertando um bruto ou não, a final estava fazendo o que mais gosto, PESCAR!!!,mais é sempre bom ferrar um bruto desse ai!!!
Esse peixe pesou aprox. 3,2 kg, que se depender de mim irá chegar aos seus 5,0 kg ou mais!!!!!!!!.
PESCA ESPORTIVA SEMPRE
domingo, 17 de abril de 2011
sábado, 18 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Os Peixes soltos após serem pescado, sobrevivem?
Há vários estudos que dizem que sim. Entre eles um feito no Brasil pelo IBAMA/CPTA que em conjunto mostrou que a sobrevivência dos peixes soltos é de mais de 90% e que em no máximo em 15 dias os peixes estão completamente curados dos ferimentos da pesca.
O estudo enfatiza que para garantir que o peixe capturado sobreviva depois de solto é preciso que os pescadores utilizem os equipamentos adequados e tenham cuidados com os animais.
Os principais fatores são evitar “lutas” muito longas para não cansar demais os peixes, retirar rapidamente o anzol e de preferência com o peixe ainda na água, não pegar os peixes com mãos secas, panos ou materiais que possam retirar o muco de seu corpo e só liberar os peixes depois deles mostrarem sinais de recuperação.
O estudo enfatiza que “Apesar de as injúrias ocorridas em uma pescaria serem as mais imprevisíveis, quando o peixe é manuseado de forma a provocar o mínimo de injúria a sua recuperação é mais rápida e, após a liberação, ele terá melhores condições para se defender contra os agressores com quem convive no mesmo ambiente.”
Os pesquisadores complementam ainda que mesmo em lugar que tem muita piranha, os peixes quando liberados completamente recuperados têm altas taxas de sobrevivência.
Pesque e solte para pescar sempre!
Dicas para se reduzir o estresse do peixe no pesque-e-solte:
1 – Utilize tralha de pesca compatível com a espécie e o tamanho de peixe que se pretende capturar;
2 – Deixe toda a tralha necessária para o pesque-e-solte ao seu alcance, pois isso é fundamental para devolver o peixe rapidamente para a água, reduzindo o estresse de captura;
3 – Pesque com anzol, sem farpa, para facilitar a soltura do peixe;
4 – A utilização do alicate de contenção facilita a retirada do anzol da boca do peixe, o que reduz o tempo de sua devolução para a água, diminuindo o estresse e evitando acidentes;
5 – De preferência, retire o anzol da boca do peixe mantendo-o na água;
6 – Molhe as mãos quando for segurar o peixe. Mãos secas, panos,toalhas e papel retiram o muco, que é a primeira barreira contra doenças;
7 – Não toque nas brânquias (guelras) dos peixes, pois esse órgão faz parte do sistema respiratório e, devido a sua fragilidade, pode ter filamentos das lamelas que compõem os arcos branquiais rompidos, dificultando a manutenção da homeostase e favorecendo a manifestação de agentes patogênicos;
8 – No caso do peixe engolir o anzol, não tente retirá-lo puxando pela linha ou enfiando o dedo na sua garganta, corte a linha rente à boca do peixe e solte-o;
9 – No caso de retirar o peixe da água, devolva-o o mais rápido possível, não passando de um minuto entre a retirada da água e a sua devolução;
10 – Não jogue o peixe de volta à água. Segure-o suavemente na posição horizontal pela nadadeira dorsal ou apoiando pelo ventre, sempre no sentido da boca voltada contra a correnteza, até que saia nadando normalmente;
11 – Evite sempre segurar o peixe pelo pedúnculo caudal (rabo);
12 – O peixe somente deve ser solto quando completamente recuperado. Caso esteja sem reflexo ou com o equilíbrio abalado, poderá tornar-se alvo fácil de predadores ou se deixar levar por correntezas, chocando-se contra pedras, galhos ou outros obstáculos.
Para ler o estudo completo, acesse:
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