segunda-feira, 23 de março de 2009

AMIGO PESCADOR CONHEÇA ALGUMAS CARACTERISTICAS DOS PRINCIPAIS PEIXES MAIS PROCURADOS

Pirarara  

Phractocephalus hemioliiopterus. Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Peixe de couro, de grande porte. É caracterizado pela cabeça enorme, fortemente ossificada, com uma placa óssea localizada antes da nadadeira dorsal. É um dos peixes de couro mais coloridos da Amazônia. Sua coloração é muito bonita, sendo o dorso castanho esverdeado, os flancos amarelados e o ventre esbranquiçado. As nadadeiras dorsal e caudal são alaranjadas. Pode chegar a mais de 1,50m de comprimento total e mais de 50kg. Ocorre no canal dos rios, nos poços logo após as corredeiras, várzeas e igapós, inclusive nos tributários de águas pretas e claras, alcançando as cabeceiras e parte do estuário do Amazonas. Alimenta-se de peixes, frutos e caranguejos. Tem a reputação de atacar seres humanos, principalmente crianças. Atinge 50kg e 1,2 metro de comprimento, e é encontrada na região Norte e nos estados de Mato Grosso e Goiás

Tabarana ou Tubarana  

Salminus hilarii. Bacias do São Francisco, Prata e Araguaia-Tocantins. Peixe de escamas; espécie de médio porte, cerca de 40cm de comprimento total. O focinho é pontiagudo e a boca terminal com dentes cônicos em duas fileiras, tanto na maxila superior quanto na mandíbula. A coloração é cinza esverdeado e as nadadeiras avermelhadas. A nadadeira caudal possui uma faixa escura na região central. Apresenta mancha na região umeral e na base da nadadeira caudal. Espécie piscívora. Vive normalmente em locais de correnteza.

Tambaqui  

Colossoma macropomum. Bacia amazônica. Peixe de escamas; corpo romboidal; nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Os alevinos são cinza claro com manchas escuras espalhadas na metade superior do corpo. O tambaqui alcança cerca de 90cm de comprimento total. Antigamente eram capturados exemplares com até 45kg. Hoje, por causa da sobrepesca, praticamente não existem indivíduos desse porte. Espécie migradora, realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos/sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Nessa época, não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia. Uma das espécies comerciais mais importantes da Amazônia central. Atinge 30kg e 1,2 metro de comprimento, e é encontrado na região Norte, além dos estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Traíra  

Hoplias malabaricus. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e do Atlântico Sul. Peixe de escamas; corpo cilíndrico; boca grande; dentes caninos, bastante afiados; olhos grandes; e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. A cor é marrom ou preta manchada de cinza. Chega a alcançar cerca de 60cm de comprimento total e 3kg. Predador voraz, solitário, que pode ser encontrado em águas paradas, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos. É mais ativo durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em alguma regiões é bastante apreciado como alimento. Atinge 3kg e 60cm de comprimento, e é encontrada em todas as regiões do país.

Trairão  

Hoplias lacerdae. Bacias amazônica (áreas de cabeceiras dos tributários), Araguaia-Tocantins e do Prata (alto Paraguai). Peixe de escamas; corpo cilíndrico. Pode atingir 20kg e mais de 1m de comprimento total, mas exemplares desse porte são difíceis de encontrar. A coloração é quase negra no dorso, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado. Espécie piscívora, muito voraz. Vive na margem dos rios e de lagos/lagoas em áreas rasas com vegetação e galhos. Muito cuidado ao retirar o anzol da boca do trairão porque a mordida é forte e os dentes afiado. Atinge 20kg e 1 metro de comprimento, e é encontrado nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso e São Paulo.

Tucunaré     

Cichla sp. Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins, mas foi introduzido nos reservatórios da bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no rio São Francisco e nos açudes do Nordeste. Peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. Existem pelo menos 14 espécies de tucunarés na Amazônia, sendo cinco espécies descritas: Cichla ocellaris, C. temensis, C. monoculus, C. orinocensis e C. intermedia. O tamanho (exemplares adultos podem medir 30cm ou mais de 1m de comprimento total), o colorido (pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, azulado, quase preto etc.), e a forma e número de manchas (podem ser grandes, pretas e verticais; ou pintas brancas distribuídas regularmente pelo corpo e nadadeiras etc) variam bastante de espécie para espécie. Todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúnculo caudal. Espécies sedentárias (não realizam migrações), que vivem em lagos/lagoas (entram na mata inundada durante a cheia) e na boca e beira dos rios. Formam casais e se reproduzem em ambientes lênticos, onde constroem ninhos e cuidam da prole. Têm hábitos diurnos. Alimentam-se principalmente de peixes e camarões. São as únicas espécies de peixes da Amazônia que perseguem a presa, ou seja, após iniciar o ataque, não desistem até conseguir capturá-las, o que os torna um dos peixes mais esportivos do Brasil. Quase todos os outros peixes predadores desistem após a primeira ou segunda tentativa malsucedida. Todas as espécies são importantes comercialmente e na pesca esportiva. Na pesca com isca artificial deve-se procurar manter a isca em movimento, porque o tucunaré pode pegar a isca 4 a 5 vezes antes de ser fisgado. Descrição: Atinge 16kg e 1,2 metro de comprimento, e é encontrado nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.

Piapara  

Leporinus obtusidens. Bacia do Prata. Na bacia do São Francisco ocorre o Leporinus elongatus também conhecido como piapara. Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco alto e fusiforme. Coloração prateada, com três manchas pretas nas laterais do corpo, e nadadeiras amareladas A piapara alcança em média 40cm de comprimento total e 1,5kg, sendo que os indivíduos maiores chegam a 80cm e 6kg. Esta espécie pertence à família Anostomidae, que possui uma grande diversidade de gêneros e espécies com representantes em todas as bacias hidrográficas brasileiras, conhecidos como aracus (bacia amazônica), piaus (bacia Araguaia-Tocantins, Paraná e São Francisco), piavuçu, piava etc. É uma espécie bastante comum na bacia do Prata. Vive nos rios, em poços profundos e nas margens, na boca de lagoas e corixos. Espécie onívora, alimenta-se de vegetais e insetos, adultos e larvas. A grande maioria dos anostomídeos é onívora, alimentando-se preferencialmente de invertebrados e frutos, mas algumas espécies se alimentam exclusivamente de algas filamentosas, raízes de gramíneas ou de frutos/sementes pequenos. Atinge 6kg e 80cm de comprimento, e é encontrada nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Piau-Três-Pintas ou Aracu Comum  

Leporinus friderici. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme (característica da família); boca terminal, um pouco inferior, com dentes incisivos e sem cúspides. A coloração é cinza, com três manchas arredondadas nos flancos, sendo a primeira na altura da nadadeira dorsal, a segunda entre a dorsal e a adiposa, e a terceira na base da nadadeira caudal. Alcança de 30 a 40cm de comprimento total e 1,5kg. Espécie onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos. Vive principalmente na margem de rios, lagos e na floresta inundada. É importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras

Piavuçu  

Leporinus macrocephalus. Bacia do Prata. Peixe de escamas; corpo curto e grosso; boca grande e terminal. A coloração é cinza escuro, principalmente por causa da borda lateral escura das escamas. Indivíduos jovens podem apresentar barras transversais nos flancos; os adultos apresentam três manchas escuras, alongadas verticalmente, sendo a mais posterior algumas vezes difusa; indivíduos muito grandes não apresentam barras nem manchas. Alcança 60cm de comprimento total. Espécie onívora, com tendência a herbívora; pode ser capturada na beira e no canal dos rios, nas baías e a jusante de quedas d'água, principalmente nas proximidades da vegetação. No Pantanal, proporciona muita emoção nas pescarias de barranco. Chega a 5kg e é encontrado na região Centro-Oeste, além dos estados de São Paulo e Minas Gerais

Pintado  

Pseudoplatystoma corruscans. Bacias do Prata e São Francisco. Peixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, e esbranquiçada abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelo padrão de manchas: pequenas, pretas e arredondadas ou ovaladas, espalhadas ao longo do corpo, acima e abaixo da linha lateral. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total. Espécie piscívora. Ocorre em vários tipos de hábitats como lagos, praias e canal dos rios. Realiza migrações de desova. É importante na pesca comercial e esportiva. Pode chegar a 80kg e 2 metros de comprimento e é encontrado na região Centro-Oeste do país, além dos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul.

Piracanjuba  

Brycon orbignyanus. Bacia do Prata. Peixe de escamas; corpo fusiforme de coloração prateada com reflexos esverdeados e nadadeiras vermelhas. Pode alcançar 1m de comprimento total e 5kg. Espécie herbívora, alimenta-se de frutos/sementes, flores e folhas. Vive tanto no canal dos rios quanto nas áreas próximas às margens e em locais de corredeiras. É um peixe muito esportivo e sua carne rosada é de excelente qualidade. Em algumas áreas, a captura dessa espécie está cada dia mais difícil. Atinge 5kg e 60cm de comprimento, e é encontrada nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Piranha Preta  

Sarrasalmus rhombeus. Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Peixe de escamas; corpo romboide e um pouco comprimido; mandíbula saliente e dentes afiados. A coloração é uniform escuras. Alcança 40cm de comprimento e é a maior piranha da Amazônia. A piranha preta ocorre em rios de águas claras e pretas e os indivíduos são solitários. Espécie carnívora, alimenta-se de peixes e invertebrados. O pescador deve ter muito cuidado ao manusear esse peixe, pois qualquer descuido pode acabar em acidente sério. Atinge 6kg e 80cm de comprimento, e é encontrada na região norte e central do país. em todas as regiões do país.

Piranha Caju ou Vermelha  

Pygocentrus nattereri. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata, São Francisco, açudes do Nordeste. Peixe de escamas; corpo rombóide e comprimido; focinho curto, arredondado, mandíbula saliente e dentes afiados. Entre todas as piranhas é a que possui o focinho mais rombudo. A coloração é cinza no dorso e avermelhada no ventre e na região inferior da cabeça; as nadadeiras peitoral, ventral e anal são alaranjadas. Alcança 30cm de comprimento total. A piranha vermelha é a espécie mais comum. Ocorre em lagos e lagoas de águas barrentas e vive em cardumes pequenos ou até com mais de 100 indivíduos. É uma espécie piscívora e, como forma grandes cardumes, pode ser perigosa em determinadas situações. Em algumas regiões, a piranha vermelha é bastante apreciada, principalmente para fazer o famoso caldo de piranha, considerado afrodisíaco. O pescador deve ter muito cuidado ao manusear esse peixe, pois qualquer descuido pode acabar em acidente sério. Atinge 6kg e 80cm de comprimento, e é encontrada em todas as regiões do país

Piraputanga  

Brycon microleps. Bacias do Prata (B. microleps) e São Francisco (B. hilarii). Peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. Logo após retirados da água a cor é amarelada, a nadadeira caudal é vermelha, com uma faixa preta que começa no pedúnculo caudal e chega até os raios centrais da nadadeira caudal. As demais nadadeiras são alaranjadas. As escamas do dorso são claras no centro, com as bordas escuras. Apresentam uma mancha umeral escura e arredondada. Alcançam cerca de 50cm de comprimento total e 2,5kg; indivíduos acima desse peso são raros. Tradicionalmente, a piraputanga da bacia do Prata tem sido identificada como Brycon hilarii, mas esse nome aplica-se apenas à espécie do rio São Francisco. Espécies onívoras, alimentam-se de peixes, frutos e sementes. Vivem em locais de corredeiras e nos remansos, embaixo de árvores frutíferas e próximos às plantas aquáticas. Têm importância comercial e esportiva. Atinge 3kg e 50cm de comprimento, e é encontrada nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Cachara ou Surubim

Pseudoplatystoma fasciatum. Peixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, sendo branca abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelo padrão de manchas: faixas verticais pretas irregulares, começando na região dorsal e se estendendo até abaixo da linha lateral. Às vezes, apresenta algumas manchas arredondadas ou alongadas no final das faixas. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total. Espécie piscívora, com preferência para peixes de escamas, mas, em algumas regiões, camarão também é um item importante na dieta. Ocorre em vários tipos de habitat como poços no canal dos rios, baixios de praias, lagos e matas inundadas. Realiza migração reprodutiva rio acima a partir do início da enchente. É importante na pesca comercial e esportiva. Pode alcançar 1,2m de comprimento e 20kg, e é encontrada em toda a região Norte e Centro-Oeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Curimbatá

Prochilodus ssp. Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins (P. nigricans), Prata (P. lineatus, P. scrofa, P. platensis) e São Francisco (curimatá-pacu P. marggravii, P. affinnis, P. vimboides). Foram introduzidas nos açudes do Nordeste. Peixes de escamas. A principal característica da família é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileiras. As escamas são ásperas e a coloração é prateada. A altura do corpo e o comprimento variam com a espécie. Pode alcançar de 30 a 80cm de comprimento total dependendo da espécie. Espécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações reprodutivas. São capturadas em grandes cardumes, sendo espécies importantes comercialmente, principalmente para as populações de baixa renda. Chega a 8kg e 80cm. e é encontrado em toda a região Norte, Centro-Oeste, Nordeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Dourado 

Saliminus maxillosus, salminus brsiliensis. Bacia do Prata (S. maxillosus) e bacia do São Francisco (S. brasiliensis). Peixes de escamas. S. brasiliensis e S. maxillosus são bastante semelhantes, sendo que o primeiro, além de ser maior, apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados, enquanto o segundo é dourado com as nadadeiras alaranjadas. Cada escama apresenta um filete negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça à cauda, do dorso até abaixo da linha lateral. Podem alcançar mais de 1m de comprimento total e 25kg, mas exemplares desse porte são raros. S. maxillosus é o maior peixe de escama da bacia do Prata, conhecido como o rei do rio. Espécies piscívoras, predadores vorazes, alimentam-se de pequenos peixes nas corredeiras e na boca das lagoas, principalmente durante a vazante quando os outros peixes migram para o canal principal. Nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas migrações reprodutivas. Têm grande importância comercial e esportiva. Peixe predador e saltador, é conhecido por "rei do rio" e alcança 25kg de peso e 1 metro de comprimento. Pode ser encontrado nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

Jaú  

Paulicea luetkeni. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e em algumas bacias do Atlântico Sul. Amplamente distribuído na América do Sul, mas provavelmente existe mais de uma espécie recebendo este nome. Peixe de couro; grande porte, pode alcançar mais de 1,5m de comprimento total e 100kg. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo esverdeado claro a escuro no dorso, mas o ventre é branco; indivíduos jovens apresentam pintas claras espalhadas pelo dorso. Espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia não é importante comercialmente, a carne é considerada "remosa", mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia. Pode chegar a 100kg e 1,5 metro de comprimento e é encontrado nas regiões Norte e Centro-Oeste, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Lambari de Rabo Amarelo  

Astyanax ssp. Talvez seja o peixinho mais conhecido de todo Brasil. Muito bonito e muito ágil, gosta de viver nos rios de águas límpidas. Seja em Ubatuba, Itanhaém, Peruíbe, interior ou em qualquer outro local, pode ser achado com caerta facilidade. Possui 2 variações que são mais conhecidas: rabo amarelo e rabo vermelho. Dificilmente passa de 20cm; encontrado em todas as regiões do país

Mandi   

Pimelodus maculatus. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins (P. blochii), Prata (P. maculatus, P. ornatus), São Francisco e Atlântico Sul. Peixes de couro. Existem várias espécies de Pimelodus. A forma do corpo é bastante parecida: alto no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal. Uma característica comum do gênero é a presença de um acúleo forte e agudo nas nadadeiras dorsal e peitorais. O comprimento varia de 20-50cm, dependendo da espécie, e a coloração também varia com a espécie. O desenho é um Pimelodus maculatus. A coloração é parda na região dorsal, passando para amarelada nos flancos e branca no ventre. Apresenta 3 a 5 séries de grandes manchas escuras ao longo do corpo e pintas nas nadadeiras. Alcança cerca de 50cm de comprimento total. Nas bacias amazônica e Araguaia-Tocantins a espécie mais comum é o P. blochii. A forma do corpo é semelhante à do P. maculatus, mas a coloração é amarelada uniforme. O tamanho também é menor: 20-30cm. Peixes onívoros, alimentam-se de peixes, invertebrados, frutos/sementes e detritos. Vivem nos remansos das margens dos rios. Na Amazônia, P. blochii é um peixe muito comum na beira dos rios. Como é facilmente capturado com anzol, é importante para a pesca de subsistência. Mesmo sendo peixes pequenos, por causa da abundância, estas espécies são facilmente encontradas em mercados e feiras.

Matrinxã  

Brycon sp. Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Peixe de escamas; corpo alongado, um pouco alto e comprimido. A coloração é prateada, com as nadadeiras alaranjadas, sendo a nadadeira caudal escura. Apresenta uma mancha arredondada escura na região umeral. Os dentes são multicuspidados dispostos em várias fileiras na maxila superior. Pode alcançar 80cm de comprimento total e 5kg. Espécie onívora: alimenta-se de frutos, sementes, flores, insetos e, ocasionalmente, de pequenos peixes. Realiza migrações reprodutivas e tróficas. Nos rios de água clara, é comum ver cardumes de matrinxã, se alimentando debaixo das árvores, ao longo das margens.Peixe muito esportivo, chega aos 80cm e 5kg, estando presente nos estados da Amazônia, Acre e Rondônia.

Pacu - Pacu Comum  

Myleuss ssp. Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco. Peixes de escamas. Existem vários gêneros que recebem o nome de pacu. O corpo é alto e bastante comprimido; a forma é arredondada ou ovalada; a cabeça e a boca são pequenas; apresentam uma quilha pré-ventral serrilhada. Os dentes são fortes, cortantes ou molariformes, dispostos em uma ou duas fileiras em ambas as maxilas. Em algumas espécies, o primeiro raio da nadadeira dorsal é um espinho. As escamas são diminutas, dando um aspecto prateado. A coloração varia de espécie para espécie, mas normalmente são claros, podendo apresentar manchas variadas no corpo e nadadeiras coloridas. O tamanho varia de 15-30cm dependendo da espécie. Em geral as espécies são herbívoras, se alimentam de material vegetal e algas, com tendência a frugívoras. Algumas espécies podem ser encontradas em rios, lagos e na floresta inundada, outras em pedrais e corredeiras. São importantes na pesca de subsistência. Na Amazônia, M. duriventre (pacu-comum) forma cardumes e desce os rios para desovar, sendo importante na pesca comercial local. Pode atingir 1 metro de comprimento e até 20kg, e é encontrado em todas as regiões do país.

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